sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sinto o cair das folhas
Como uma advertência íntima
O primeiro passo para um encontro
Um regresso ao coração.
Luís Falcão
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Olhares de Outono-Parte 3








terça-feira, 28 de outubro de 2008


31 de Outubro


Folclore de Portugal
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Cancioneiro Popular Português

"Uma das manifestações que melhor traduzem
o registo de costumes, tradições e alegrias de uma
população, é, sem dúvida, o cancioneiro.
Fortemente ameaçada pelos tempos modernos,
os cantares do povo têm vindo a diluir-se e a
perder a sua autenticidade.
Muito se cantou e encantou nos portais das casas
rústicas, nas eiras, a caminho das romarias, na mon-
da dos trigais e na apanha da azeitona. Um leque tão
diversificado de melodias que, de acordo com as reco-
lhas feitas pelo ilustre conterrâneo Dr. Jaime Lopes
Dias, podemos agupá-las em quatro grupos: no pri-
meiro, descantes, o que é cantado em coro acompanha-
do por instrumentos típicos da região (o adufe, os fer-
rinhos, zamburras etc...). No segundo, Jogos de roda e
modas de bailar, danças de grupos à semelhança do
nosso folclore. No terceiro: canções de romaria ou refe-
rentes a ciclos tradicionais de culto, algumas dedicadas
a Santos e à Virgem, por vezes misturando-se o religioso
com o profano. Por ultimo: um conjunto de canções que
não se enquadram em qualquer dos tres tipos anteriores,
como é o caso das canções alusivas ao trabalho, as janeiras,
as alvissaras, etc."
In Enciclopédia Universal Mutimédia da Texto Editora (1997)
*
2

No tempo que amei o meu compadre,
Melhor eu amasse um burro;
Andava a cavalo nele,
Eu nunca perdia tudo.
In Cancioneiro Popular Português
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3


À beira do rio nasce
Violetas ao comprido;
Inda ontem me disseram
Que querias casar comigo.
In Cancioneiro Popular Português
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4

-Sete vezes fui casado,
Sete mulheres recebi;
Juro à fé de quem sou
Que ainda estou como nasci.
In Cancioneiro Popular Português
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5

Deixára-me estar solteira,
Solteirinha estava bem, éi-ó;
Estava a bafo de meu pai
E de minha mãe também, éi-ó.
In Cancioneiro Popular Português
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6

Quem me dera ser do Porto,
Ou do Porto ter alguém;
Quem me dera a liberdade
Que as moças do Porto tem.
In Cancioneiro Popular Português
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7

Tu dizes que me não queres
Por eu ter a fala grossa;
Com ela me remedeio,
não vos vou pedir a vossa.
In Cancioneiro Popular Português
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8

Vou embora dos meus amos,
Não quero mais servir;
Quanto ganho como gasto,
Não chega para me vestir.
In Cancioneiro Popular Português
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9

Amanhã me vou embora,
hoje lhes dou a despedida;
adeus, pai , adeus, mãe,
adeus minha rapariga.
In Cancioneiro popular Português
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Quem tem amores não dorme,
Bem faço eu em não os ter!
Deito-me na minha cama,
Não me custa adormecer.
In Cancioneiro Popular Português
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Vens jogar ao Carnaval
E eu mando-te para o diabo;
Nunca me fez mal nenhum
Trazer no trazeiro um rabo.
In Cancioneiro Popular Portugês




Despe as margens
desse olhar distante.
O Outono
ainda dorme
e os pássaros partiram.
Domingos Galamba

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Olhares de Outono - Parte 2



domingo, 26 de outubro de 2008

Blogagem Colectiva


27 de Outubro

Manuel Alegre, Poeta e político português (Águeda,1936). Como político, distinguiu-se na oposição ao regime salazarista e marcelista, tendo conhecido o exilio. Após 1974 foi governante e deputado socialista. A sua poesia combina a intenção política com uma dimensão lírica influenciada pela poesia trovadoresca e quinhentista. Para além do tom épico, tem também grande musicalidade, o que faz com que seja muito cantada. Obras principais: Praça da Canção (1965), O Canto e as Armas (1967),Atlântico (1981) e Com Que Pena, Vinte Poemas para Camões (1992).



A Rapariga do País de Abril
*
Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo abaixo vou remando.
*
E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.
*
Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.
*
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.
*
Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão tão puro: algarves de ternura.
Quando vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril.





sábado, 25 de outubro de 2008

Quando chega o Ourono
Os ouriços vão rachar,
Caindo as castanhas
Pra no São Martinho assar.
(Cancioneiro Popular Português)
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Olhares de Outono - Parte 1
Com esta série de fotografias Outonais
presto homenagem ao Amigo João Luís Teixeira,
grande Fotografo de Natureza.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


CUMPLICIDADES
Chegamos ao fim desta exposição homenagem
a Florbela Espanca, que a Câmara de Matosinhos
patrocinou, e a Biblioteca a que a Poetisa dá o nome,
acolheu.
Em jeito de despedida, aqui vos deixo mais um retrato
da poetisa, e as palavras que Rui Guedes escreveu no
ano 2000.
" Ao cabo de muitos anos de estudo sobre a vida e a obra
de Florbela Espanca, não consigo descrever a poetisa
alentejana melhor do que ela própria o fez: (...)
uma corajosa rapariga, sempre sincera consigo mesma.
(...) Honesta sem preconceitos, amorosa sem luxúria,
casta sem formalidades, recta sem principios, e sempre viva,
exaltantemente viva, a palpitar de seiva quente como as flores selvagens da sua bárbara charneca!".

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ao contrário de todas as outras, esta foto foi obtida já com
o projecto em fase avançada! escolhidas que estavam as
palavras de Florbela, e a praia que a poetisa frequentava, faltava agora a foto...
fiz várias deslocações a Matosinhos sem resultados, mas desta vez estava tudo perfeito,
Mar chão, luz coada, mas... a praia estava deserta... decidi esperar,
volvido algum tempo, surge por detrás de mim uma jovem mulher,
vestida à século XVIIII, avançou para junto da àgua, espetou na areia o
guarda chuva de homem que trazia consigo, e ali ficou por largos minutos
contemplando o Mar, tal qual Florbela o terá feito vezes sem conta no
inicio do Século XX...
Estava finalmente "encontrada" a imagem que tanto procurava!
Fruto de um acaso da sorte, dirão alguns, outros dirão que, foi "algo mais...".
A história desta imagem aqui fica, à consideração de cada um de nós.

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Exposição/2ª parte

5ª TERTÚLIA A 02 DE JULHO

5ª TERTÚLIA A 02 DE JULHO
COM A ARTE NO OLHAR